Oceanário de Lisboa reproduz corais

mais resistentes às alterações climáticas

No Oceanário de Lisboa estão a ser reproduzidos corais em aquários,

um processo pioneiro que pode levar mesmo, no futuro, a evitar o colapso dos recifes e a criar corais mais resistentes às alterações climáticas.

Na zona técnica do Oceanário,

duas pequenas salas e dois aquários também pequenos contrastam com

o tamanho da investigação que está

a ser dirigida por Elsa Santos, engenheira zootécnica com

mestrado em aquacultura.

A "história" começou no final

de setembro, quando o Oceanário recebeu três espécies de corais (Acropora tenuis, Acropora millepora

e Goniastrea palauensis) oriundos

de um recife na Austrália, havendo

10 colónias de cada.

Com o aquário preparado, com

os corais em idade reprodutora, aguardou-se no Oceanário pela

grande noite de lua cheia. A meio

de novembro proporcionaram-se

as condições para a reprodução:

a água estava mais de 27 graus, tal como o ambiente dos seus "irmãos"

na Austrália, o que levou os corais a libertarem as células sexuais na água.

Elsa Santos recordou o perigo de extinção

dos recifes de coral, nomeadamente por causa das alterações climáticas, salientou

o contributo que o Oceanário, ligado também à conservação do meio marinho, quis dar, através do conhecimento que

tem de manter espécies em ambiente controlado.


"Estamos aqui a ajudar a preservação

dos corais, a produzir conhecimento".

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