Jovens têm relações sexuais mais tarde, mas usam menos contracetivos

A frequência da primeira relação sexual diminuiu nos adolescentes abaixo dos 13 anos, aumentando nos que têm mais de 14, e o uso de métodos contracetivos baixou, segundo um estudo apresentado esta quarta-feira em Lisboa.

O estudo Health Behaviour in School-aged Children (HBSC/OMS), feito em colaboração com a Organização Mundial de Saúde e que conta com a participação de 51 países, analisa os comportamentos e a saúde dos adolescentes (6.º, 8.º e 10.ºanos de escolaridade) nos seus contextos de vida.

Em relação aos comportamentos sexuais, o uso de métodos contracetivos diminuiu: o uso do preservativo diminuiu para 64% (66% em 2018) e o da pílula contracetiva baixou para 31,3% (era 33,8%).

As relações sexuais associadas ao consumo de álcool também baixaram, passando de 17,1% (2018) para 13,4% (2022).


Quanto ao consumo de substâncias, aumentou a frequência de não fumadores, passando de 93,7%, em 2018, para 95,1% (2022).

O consumo de diferentes bebidas alcoólicas tem diminuído em todos os tipos e os resultados revelam igualmente uma redução na frequência de consumo de álcool entre 20 dias ou mais no último mês (de 9,7% para 6,8%).


Contudo, mostram que a frequência de embriaguez aumentou entre 1 a 3 vezes nos últimos 30 dias, passando de 3,9% para 4,2%.

O consumo e experimentação de outras substâncias mantêm-se ou baixou, à exceção dos medicamentos usados como drogas, que aumentaram (de 1,6% para 1,9%).

Esta investigação, realizada de quatro em quatro anos, pretende estudar os estilos de vida dos adolescentes em idade escolar em áreas como o apoio familiar, escola, saúde física, saúde mental e bem-estar, sono, sexualidade, alimentação, atividade física, lazer, consumo de substâncias, violência e saúde planetária.

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