Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica com elevada taxa

de mortalidade

em Portugal

Mais de 70% dos portugueses inquiridos num estudo sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) nunca ouviu falar na doença e os que a conhecem têm uma perceção errada da gravidade.

A DPOC engloba a bronquite crónica e o enfisema pulmonar, problemas que provocam a obstrução ou aperto dos brônquios e a destruição do tecido pulmonar, podendo coexistir ou surgir separadamente.

Esta doença limita as vias aéreas e causa dificuldade respiratória, cuja causa mais comum é o consumo de tabaco. É caracterizada por obstrução brônquica irreversível ou parcialmente reversível

com tratamento.

Com uma prevalência a rondar os 5,4% em Portugal e uma taxa de mortalidade de cerca de 8,7 por 100.000 habitantes, a DPOC está entre as principais causas de morte no país.

Os dados do estudo, recolhidos entre 15 de junho e 17 de julho de 2022, indicam que os consumidores de tabaco associam, por exemplo, o tabagismo ao desenvolvimento de doença oncológica, cardio e cerebrovascular, mas muitos revelam nunca ter ouvido falar em DPOC.

Cerca de um em cada três inquiridos afirmam conhecer ou já ter ouvido falar na doença, mas quando questionados sobre o que é a DPOC, apenas 27,5% reconheceu corretamente esta condição.

Sobre as doenças mais associadas ao tabagismo, o cancro do pulmão é a mais mencionada, com quase 90% de referências. Mais de três em cada quatro (78,7%) dos inquiridos associam o consumo de tabaco ao surgimento de uma DPOC e a terceira patologia mais associada é o cancro da garganta.

Dados do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias divulgados no final do ano passado indicam que, em 2018, a DPOC foi responsável por 2.834 óbitos em Portugal, o que equivale a oito mortes por dia.

Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística sobre as causas de morte em 2020 revelam que as doenças do aparelho respiratório (excluindo a covid-19) causaram 11.266 mortes.

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