Bolo-rei tem origem francesa e entrou nos hábitos portugueses há 150 anos

É rara uma mesa de Natal em Portugal sem o bolo-rei, uma coroa de massa decorada com frutas cristalizadas. A história mais recente conta-nos que foi introduzido no nosso país por um pasteleiro francês no final do século XIX, mas a sua origem é ainda mais remota, com cerca de 2 mil anos.

O seu nome alude aos três reis magos

e simboliza os presentes que levaram ao menino Jesus, no dia do seu nascimento.

O bolo-rei existiu em toda a Europa na Idade Média, mas quase desapareceu antes de ser recriado em França, sob o reinado de Luís XIV e era confecionado para as festas do Ano Novo e do Dia de Reis.

Por volta de 1869-1870 o bolo-rei terá então sido trazido de França para Portugal pelo pasteleiro contratado para a lisboeta Confeitaria Nacional. Aos poucos, outras pastelarias da cidade começaram também a fabricar o bolo-rei, originando várias versões diferentes. No Porto, o bolo-rei foi introduzido em 1890 por iniciativa da Confeitaria Cascais.

Há quem se lembre das surpresas dentro

do bolo-rei “uns mini berloques, coisinhas miniatura que de pouco serviam”. E ainda havia outro “brinde”: a famosa fava seca: “quem tivesse o azar de a apanhar numa fatia tinha de pagar o próximo bolo-rei à família”.


Por outro lado, a pessoa que encontrasse o brinde seria brindada com "boa sorte".

Hoje em dia já não se coloca dentro do bolo nada mais além dos frutos, devido aos receios de engasgar quem inadvertidamente comesse uma das fatias “surpresa”.

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