Podemos evitar metade das mortes por cancro. Como? Ao deixar de fumar, a beber menos e a comer melhor
CLIQUE
Um estudo publicado na publicação científica "The Lancet" tentou perceber qual a dimensão de fatores de risco cancerígeno são potencialmente modificáveis, com vista a encontrar estratégias eficazes de prevenção e mitigação da doença
Há números: quase metade das mortes por cancro em todo o mundo em 2019 (4,45 milhões) devem-se a fatores de risco evitáveis
Entre estes fatores estão como o tabaco, o álcool, a obesidade, a poluição, fazer dietas pouco saudáveis ​​ou a exposição ocupacional a elementos nocivos como o amianto, entre outros
Os investigadores analisaram os dados do estudo que analisa a carga global de dornças, lesões e fatores de risco (chamado GDB). Estudaram, especificamente, o impacto de 34 fatores de risco em mortes e problemas de saúde de 23 tipos de cancro
A principal conclusão diz que estes fatores de risco explicam cerca de 45% das mortes por cancro em todo o mundo naquele ano, especialmente em homens: neste caso, metade das mortes masculinas têm como ponto de partida fatores com potencial prevenção
O tabaco é considerado o principal fator de risco, com larga margem para o segundo: o álcool
Além dos principais fatores - o tabaco e o álcool - as questões metabólicas, relacionadas com a obesidade e o aumento de peso, além do sedentarismo e da incursão em dietas muito pouco saudáveis, dispararam nos últimos anos e representam uma ameaça crescente à saúde
Apesar destes fatores de risco serem bem conhecidos por oncologistas e cidadãos, estudos apontam um aumento de 20% nas mortes por estas causas nos últimos dez anos
"Os principais fatores de risco que contribuíram para a carga global de cancro em 2019 foram comportamentais, enquanto os fatores de risco metabólicos tiveram os maiores aumentos entre 2010 e 2019. Reduzir a exposição a estes fatores de risco modificáveis diminuiria a mortalidade por cancro em todo o mundo. Devem ser adaptadas medidas de forma adequada para o nível local de fatores de risco de cancro", concluiram os autores do estudo
LEIA MAIS ARTIGOS
WEBSTORY: TIAGO SERRA CUNHA
FOTOGRAFIAS: UNSPLASH; GETTY
<!— netScope v4 – Begin of gPrism tag for AMPs -->