O que podemos aprender com os golfinhos: estes mamíferos evitam conflitos e integram “imigrantes”
nas suas comunidades
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Uma investigação publicada recentemente na Royal Society Open Science mostra que os golfinhos são das poucas exceções entre os mamíferos no que toca à relação com os membros da sua espécie que não pertencem às suas comunidades
Estes animais têm uma 'rara' capacidade de formar alianças, abraçar os que vêm de fora e de evitar conflitos com os pares que desconhecem
A investigação percebeu uma fusão parcial entre duas 'populações' de golfinhos-pintados do Atlântico, depois de uma comunidade do norte ter migrado para sul e por lá ficaram. Nessa região, conviviam golfinhos oriundos de ambas as localidades, de várias as idades e ambos os sexos
Os contactos entre os golfinhos indicam que os membros de ambas as comunidades criaram, entre eles, fortes relações sociais
Para os investigadores, a particularidade deste caso reside num facto simples: depois da comunidade do norte ter 'emigrado' ficaram ali e foram totalmente acolhidos pelos habitantes do sul
Ao contrário de outras espécies de mamíferos, como os bonobos (uma espécie de chimpanzé) - que acabam por se separar passado um tempo -, no caso dos golfinhos observa-se uma integração mais duradoura, levando mesmo à procriação entre comunidades de forma natural
Existem, no entanto, outras provas da capacidade cognitiva dos golfinhos e de como se aproximam, em parte, dos humanos: são capazes de formar alianças com membros de várias espécies e ser altamente tolerantes (ou também intolerantes) com outros 'amigos'
Uma investigação publicada na PNAS explica que os golfinhos são, depois dos Humanos, a espécie que mais capacidade tem de tecer ligações com indivíduos com os quais não estão relacionados, até mesmo entre grupos, podendo comportar-se de forma tolerante com uns e agressiva com outros e até mesmo aprender ações e atividades com os membros dos grupos formados
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WEBSTORY: TIAGO SERRA CUNHA
FOTOGRAFIAS: UNSPLASH; GETTY IMAGES
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