Governo tenta atrair 'nómadas digitais' com novo visto de residência
SAIBA COMO
Nómadas digitais têm agora mais pretextos para vir trabalhar para Portugal. O Governo criou um novo visto que permite a estes estrangeiros viver e trabalhar no país até um ano
O programa, inicialmente anunciado em julho, entra em vigor a partir de 30 de outubro
Como funciona?
O visto vem simplificar a entrada de residentes estrangeiros que queiram trabalhar remotamente a partir de Portugal, que até aqui usavam, em muitos casos, visto de turista ou o modelo D7
Para aceder a este visto, o trabalhador tem de apresentar rendimentos mensais correspondentes a quatro vezes o salário mínimo nacional (705€ = 2.800€), mais do dobro do salário médio português
Segundo a legislação publicada em Diário da República, o 'nómada' terá de apresentar:

▶ Comprovativo de residência fiscal;
▶ Comprovativo dos rendimentos mensais dos últimos três meses (com um mínimo de 4 vezes a remuneração mínima mensal);

No caso de trabalhador subordinado:
▶ Contrato ou promessa de contrato de trabalho ou declaração de empregador a comprovar o vínculo laboral;

No caso de trabalhador independente:

▶ Contrato de prestação de serviços ou proposta de contrato de prestação de serviços ou documento demonstrativo de serviços prestados a uma ou mais entidades.
A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, destacou o sucesso do visto criado este mês para nómadas digitais e trabalhadores remotos em Portugal
"Estamos a ter imensos pedidos, de pessoas que querem saber se conseguem por esta via ficar com número da Segurança Social", referiu
Nómadas digitais pressionam oferta de alojamentos em Lisboa e no Porto
Alguns operadores que investem em residências de estudantes estão a direcionar parte da oferta para os nómadas digitais, nomeadamente no Porto (a cidade mais procurada) e em Lisboa
A procura de alojamento por estes trabalhadores deslocados está a causar forte pressão na disponibilidade de alojamento
É previsível um aumento significativo da chegada de nómadas digitais até final deste ano e em 2023
Este aumento explica, segundo fontes do mercado, a pressão sentida nos últimos dois meses na procura de quartos pelos estudantes, com os proprietários a retirarem a oferta e a colocarem-na no Alojamento Local
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O Porto e Lisboa são os destinos principais e esta prática está a prejudicar o alojamento estudantil nas cidades
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WEBSTORY: TIAGO SERRA CUNHA
FOTOGRAFIAS: GETTY IMAGES
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