Viver perto da família e ter um trabalho digno são os indicadores de qualidade de vida mais importantes para os portugueses
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Um estudo divulgado esta segunda-feira (25) pela Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) avaliou o impacto das condições de vida no bem-estar das populações nos diferentes territórios do país
O estudo mostra como o país é “profundamente assimétrico” nas condições de vida e de bem-estar das populações. Mas as cidades dão menos apoio a quem não tem como viver dignamente
Há uma conclusão principal: em 28% dos municípios do Continente, mais de metade das famílias são pobres. Na sua maioria, esses concelhos encontram-se em territórios de baixa densidade populacional ou intermédia
Nas cidades "a pobreza é muito mais dura, porque não existe a teia de apoio que encontramos nos de baixa densidade. Ser pobre, ser velho e viver numa casa sozinho, na cidade, incorpora muito mais desafios do que ter a mesma situação numa comunidade mais pequena", explica Rosário Mauritti, socióloga e coordenadora do estudo, ao Expresso
Portugal é um “país profundamente assimétrico” nas condições de vida e de bem estar das populações
É outra das conclusões do estudo, que se baseou num conjunto alargado de indicadores estatísticos por concelho para fazer um retrato detalhado do Continente, agrupando os municípios em cinco grupos distintos com semelhanças entre si
Quais são os principais indicadores e bem-estar para os portugueses?
O ambiente do local onde se vive é mesmo o traço mais valorizado. A qualidade do ar, o espaço para caminhar e a proximidade do mar, de um rio ou da serra estão entre os fatores mais referidos na definição de bem-estar
Depois do ambiente e dos contactos sociais, está também o trabalho digno, uma realidade “assimétrica” no território e muito associada à valorização do equilíbrio entre o trabalho e a vida familiar
Solidão dos idosos é um dos problemas apontados
O estudo da FFMS apurou que em mais de 60% dos municípios, um em cada cinco idosos vive sozinho
“Os contactos sociais são importantíssimos para os sentimentos de felicidade. Viver sozinho com problemas de mobilidade e frágeis condições de recursos" é "difícil”, refere Rosário Mauritti
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WEBSTORY: TIAGO SERRA CUNHA
TEXTO: RAQUEL ALBUQUERQUE
FOTOGRAFIAS: GETTY; UNSPLASH
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