Bolo-rei: Amado e odiado, não sai da mesa no Natal. Porque o comemos todos os anos?
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TRADIÇÃO
É presença assídua na mesa dos doces nesta quadra festiva. Uns gostam, outros não o podem comer, mas há muito que o bolo-rei se tornou uma tradição quase indispensável da época
Afinal, de onde surgiu esta tradição? O que simboliza? Explicamos neste artigo — com a garantia já a começar de que remonta a simbolismos religiosos seculares
Parece impressionante, mas as primeiras versões do que é hoje conhecido como bolo-rei terão já mais de dois mil anos
Tudo terá começado com os festejos romanos da Saturnália, celebrados a 17 de dezembro e depois estendidos até dia 25. Neste festival em honra do deus Saturno, era colocada dentro de um bolo uma fava, símbolo da fecundidade, para eleger o 'rei da festa'
A Igreja Católica terá aproveitado este jogo pagão, característico desta altura do ano, para o associar às celebrações da Natividade e da Epifania: 25 de dezembro e 6 de janeiro, respetivamente
O nome fica associado à figura dos três reis magos
O bolo-rei mais aproximado daquele que se conhece hoje nasceu durante o reinado de Luís XIV, em França. Era confecionado para as festas do Ano Novo e do Dia de Reis e chegou a ser proibido depois da Revolução Francesa
O bolo-rei foi introduzido no nosso país por um pasteleiro francês, de nome Grégoire, no final do século XIX. Terá sido por volta de 1875, na Confeitaria Nacional
E em Portugal?
A secular Confeitaria Nacional, em Lisboa, foi, por isso, a primeira em Portugal a fabricar o bolo-rei. A confeitaria diz manter a receita tradicional francesa do sul de Loire, trazida pelo pasteleiro
Desde aí, a popularidade do bolo-rei cresceu e é hoje uma tradição quase indispensável para muitos
Todos os anos, a Associação do Comércio e da Indústria de Panificação elege o melhor bolo-rei do país em cada ano
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WEBSTORY: TIAGO SERRA CUNHA
FOTOGRAFIAS: GETTY; LUSA; D.R.
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